segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Segundo pesquisa, os vira-latas são preferência nacional


Radar Pet 2009”, pesquisa inédita encomendada pela Comac (Comissão de Animais de Companhia) do Sidan (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal), estima que existam hoje, nas residências de pessoas das classes A, B e C no Brasil, uma população de 25 milhões de cães e 7 milhões de gatos.

O levantamento, realizado pela Diferencial Pesquisa de Mercado, avaliou mais de 2.100 domicílios em abril deste ano, abrangendo seis regiões do país que, somadas, representam 20% dos domicílios brasileiros. Com base científica, a pesquisa tem por objetivo acompanhar os hábitos e as tendências dos proprietários de pets brasileiros

O médico veterinário e presidente da Comac, Luiz Luccas, ressalta a importância das informações obtidas pelo Radar Pet 2009: – O mercado necessitava desse número oficial, pois até então havia apenas uma estimativa sem base concreta na realidade do Brasil. O Radar Pet tem base científica e foi esmiuçado para apresentar características importantes sobre os proprietários de cães e gatos e os seus animais de estimação –, avalia Luccas.

Perfil dos donos de animais de estimação
Os dados da pesquisa confirmam a preferência dos cachorros como animais de estimação. Eles representam 79% das escolhas, sendo os gatos preferidos por 10% da população. As duas espécies coexistem em 11% dos lares que têm animais de companhia.

Os números ajudam a desmitificar algumas ideias pré-concebidas entre poder econômico e guarda de pequenos animais. Na classe A, por exemplo, 52% dos domicílios têm pets. Esse percentual cai para 47% na classe B e 36% na classe C. Ao contrário do que se acreditava, a classe A não prefere os gatos. Essa espécie equivale a 9% da preferência desse grupo. Os cães são prediletos em 85% e as duas espécies convivem em 6% nos lares dessa classe.

Segundo Luiz Luccas, a presença de pets decresce à medida que a renda familiar cai: – Isso é explicado pelo custo dos produtos para esse segmento, especialmente em um país com carga tributária equivalente a 50% do preço final dos produtos. No segmento de animais de companhia os impostos brasileiros estão entre os mais elevados do mundo.

A pesquisa também mostra a relação entre o estado civil do proprietário e a sua preferência na hora de adquirir um animal de estimação. Os cães, apesar de requererem mais cuidados e serem mais dependentes dos donos, são os queridinhos dos solteiros. Os felinos são escolhidos por 20% dos solteiros, em contraste com os 73% que preferem os cães. Quando o assunto é casais sem filhos, a preferência por cachorros é ainda maior: 83% contra 6% optam pelos gatos.

Os animais de estimação preenchem o vazio e dão a alegria para os casais que não têm filhos. Segundo a pesquisa 43%, desse gênero familiar possuem cães e gatos. No entanto, esse número cai consideravelmente nos casos dos casais com filhos de até nove anos. A preocupação com a higiene e a segurança com os filhos pequenos levam apenas 33% dos casais a manter animais de estimação em casa.

O presidente da Comac destaca a importância dos resultados da pesquisa para corrigir ideias erradas, como o caso dos pais que distanciam as crianças dos animais de estimação como forma de protegê-los.– Essas informações são fundamentais para que possamos investir na desmistificação desse conceito, uma vez que é possível e especialmente, saudável, a convivência entre crianças e animais de estimação. Inúmeras pesquisas indicam claramente o impacto positivo do animal no dia-a-dia e também na saúde e no comportamento das crianças –, ressalta Luccas.

Moradia, raças e nomes mais populares
De acordo com o Radar Pet, o tipo de moradia também pode exercer grande influência no momento de adquirir um animal de estimação. Os dados mostram que o cão está com 79% dos proprietários que moram em casa e em 78% dos que vivem em apartamento. Já entre os gatos, 8% moram em casas e 18% em apartamentos.

Quando se fala em adoção, a raça dos pets parece não ser determinante na decisão, sendo os “vira-latas” a preferência nacional. Os animais sem raça definida (SRD) estão em 36% das escolhas, seguidos por poodle (24%), daschund (7%), pinscher (7%), entre outros. No caso dos gatos, os animais SRD representam 77% das respostas, seguidos por siamês (26%), persa (4%), angorá turco (3%) e outras raças.

A escolha do nome do fiel companheiro é outro ponto destacado na pesquisa. No caso dos felinos, Mimi (3%) e Mel (2%) são os preferidos, seguidos por Kiko, Nino, Belinha, Chiquinha, Fredy, Garfield e Preto (cada um destes aparece em 1% das respostas). No caso dos cães, os proprietários preferem Mel (3%), Nina (2%), Billy (2%), Bob (2%), Suzi (2%), Princesa (2%) e Rex (1%).

Evolução do mercado pet
No Brasil, o mercado pet tem mostrado nos últimos anos o seu potencial de crescimento. As indústrias de produtos para a saúde animal investem cada vez mais em pesquisas e inovações para oferecer aos donos o melhor para os seus animais.

Segundo valores líquidos da Indústria, o segmento pet brasileiro responde por 12% do faturamento da indústria de produtos para a saúde animal: cerca de R$260 milhões. Diante do amadurecimento e do caminho promissor do segmento de pequenos animais, a pesquisa Radar Pet apresenta um valor significativo.

Para o presidente da Comac, Luiz Luccas, o grande valor da pesquisa reside na avaliação do perfil e comportamento dos lares brasileiros com animais de companhia. — São dados importantes e inéditos que auxiliam na análise do perfil e das tendências desse mercado, de acordo com as necessidades dos proprietários, servindo de base para uma orientação sólida aos veterinários e demais envolvidos no setor. Pretendemos atualizar esta pesquisa a cada dois anos para observar a evolução do segmento no Brasil, conclui Luccas.

Fonte: WSPA Brasil

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