quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Como ensinar um cachorro a sair da piscina?

Postado dia 2/04/2012 por Mãe de Cachorro - Ana Corina


www.maedecachorro.com.br

Pedi pra minha querida amiga Emmanuelle fazer um texto nos ensinando como evitar acidentes fatais com cães e piscinas por que toda hora alguém me conta a triste história de um afogamento… Espero que ajude muitos peludos!




Como o assunto abordado neste texto é “ensinar o cachorro a sair da piscina”, é possível vir à mente que eu vá explicar como ensinar o cão a subir a escada, ou sair pela borda, porém não é sobre isto que falaremos aqui.



Morte de cães por afogamento em piscinas residenciais é algo mais comum do que imaginamos. Basta um descuido por parte do tutor para que aconteça um acidente. Eu mesma já soube de um caso em que uma ninhada inteira morreu afogada. Quando os tutores acordaram no outro dia, não havia mais nada a ser feito.



Assim como uma criança sozinha e piscina não combinam, com cães a regra não é diferente. Filhotes não devem ter acesso à parte da casa que tem piscina sem supervisão. A regra é simples: “Se não possui tempo de supervisioná-lo, então não permita o acesso”. Já com os cães maiores é possível tomar algumas medidas para impedir acidentes.



Abordarei um tema que é indicado em tais casos e até em outras tantas situações do convívio com o cão.



Já escutou falar em GESTÃO DE AMBIENTE?



Gestão de ambiente é adequar o local onde o cão vive em prol de algum benefício específico ao animal, de forma a evitar que um comportamento indesejado seja reforçado, que seja criado ou que um acidente venha a acontecer. No caso do assunto tratado aqui, o objetivo é evitar que um acidente ocorra, para isto vale adaptar algumas coisas no ambiente em que o cão vive, de forma a garantir a sua segurança.



As opções são as seguintes:



Suporte para a saída do cão



Para possibilitar que o cão saia da piscina quando desejar o ideal é fazer um suporte para que o cão possa sair dela sem dificuldade. É indicado colocar um piso antiderrapante de forma a evitar que ele escorregue e que não alcance o seu objetivo. Pode ser usado um tipo de borracha antiderrapante encontrada em casas de materiais de construção ou produtos para piscinas.



O importante é que seja feito em forma de escada com degraus largos, que possibilitem a saída do cão com segurança. No caso de piscinas que já possuem uma parte mais rasa, então apenas um suporte improvisado em formato de uma mesa pode servir para que o cão suba nele (quando já estiver na parte rasa) e depois saia da piscina tranquilamente.



Em todos os casos o tutor deve entrar na água com o cão e ensina-lo a sair várias vezes pelo suporte improvisado. Para o processo de ensino poderá usar:



· um brinquedo que o cão goste muito,



· a guia,



· petiscos,



· ou até mesmo chamar o cão para subir nos degraus ou suporte e ir acompanhando e estimulando todo o processo,



Quando o cão tiver saído completamente da piscina faça festas e o recompense bastante, de forma que ele entenda que concluiu o processo e você está contente com isto.



Faça este exercício várias vezes até perceber que o cão esteja saindo com facilidade e segurança.



Evite que algum acidente aconteça no processo, como por exemplo: escorregar no suporte, que o suporte vire, ou qualquer outro incidente que possa assustar o cão e assim criar uma associação negativa com o objeto, colocando em risco o processo de aprendizagem.



Lona de Piscina



Nos casos em que os tutores não queiram que o cão entre na água é possível cobrir a piscina com lonas específicas para este fim. Mas além de dar certo trabalho colocar e tirar a lona, ainda é possível que a mesma rasgue e um acidente pior aconteça ali, caso o cão passe a subir nela e até mesmo brincar. Fique atento!



Cerca de Proteção



Um cerca adequada ao tamanho dos cães é indicada para evitar que entrem na água. Porém, no caso de cães que pulam, não irá resultar.



E sendo esta a opção escolhida, deverá ser construída ou adaptada não tão próxima à piscina. É importante manter uma distância considerável para, em caso de mesmo com a grade algum acidente acontecer (sim, em se tratando de cães, tudo pode acontecer!), o animal ainda ter a possibilidade, por mais remota, de poder sair pela borda.



Quando escolhemos ter um cão em casa é preciso abrir mão de certas vaidades relacionadas à estética da casa por causa deles. É como no caso dos jardins, tomam-se medidas a fim de evitar que o cão se aventure de “jardineiro” da casa, mas uma vez que existe um animal que goste de cavar em um lugar onde há terra, é possível que um evento ou outro aconteça.



No caso de quem ainda vai construir a piscina e já tem cães ou pensa em ter, opte por um modelo de piscina que proporcione a saída do cão. Existem muitas opções no mercado e mesmo que não seja a que você mais goste ou a mais bonita, o que importa é a segurança dos cães.



A opção mais eficaz é que a piscina seja construída com uma rampa ou bancadas que possibilitem a saída do cão. Filhotes jamais devem ser deixados com acesso à piscina quando sozinhos! E seja qual for a opção feita, a responsabilidade pela vida do cão é da família humana que ele possui.



Emmanuelle Moraes



Educadora Canina



www.educadoracanina.com.br



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